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Bolo e guaraná, um luxo de festa |
Nos casamos numa sexta-feira à tarde, primeiro no Cartório do Registro Civil, que ficava na avenida Expedicionário Diogo Garcia Martins, depois a cerimônia religiosa no Santuário São Francisco de Assis.
Saiu tudo como planejamos ao longo dos meses: muito simples e autêntico. Entramos pelo corredor central do Santuário de mãos dadas, ao som de "A noite do meu bem", na voz do amigo Geraldo Malta, e esperamos no altar pelo frei Nelson Berto. Nada de terno e vestido de noiva, nada de pompa. Apenas muito amor e um desejo louco de sacramentar nossa união.
Os irmãos, sobrinhos, familiares mais próximos e alguns poucos amigos testemunharam. Minha cunhada Marina Galinari nos presenteou com uma confraternização em sua casa, regada a salgadinhos e guaraná. Um luxo! Ah, e o bolo da confeitaria Delícia, claro.
Xavier, João Luis, Geraldo, José Luís... Os amigos que nos acompanharam naquele momento especial e que nos acompanham até hoje. Após a singela festa passamos a noite no Hotel Bradesco, na avenida Luis Osório, onde hoje está a Casas Bahia. Nossa noite de núpcias. Maravilhosa concretização de um sonho que construímos alicerçado sobre o projeto divino para nossas vidas.
Não foram poucas as dificuldades superadas até chegarmos ao casamento. A começar pela data. Queríamos abreviar o máximo o tempo de separação, pois de grande bastava a distância que nos separava.
Quando procuramos o cartório, no final de setembro, para iniciar o processo, a má notícia: o casamento só poderia acontecer depois de um ano de viuvez da Marilda. Foi o que nos disse o Rubens de Calasans, que nos recebeu em sua casa num domingo à tarde, já que eu só podia viajar a Penápolis nos finais de semana. Fazer o que? Esperar!
Pelo menos assim ela pôde concluir o último ano do Magistério na Oceu, garantindo uma nova profissão no início de sua nova vida. O Calasans foi muito cordial e gentil conosco. Coisas de tabelião de cidade interiorana, mas também porque surpreendeu-se ao ver na minha certidão de nascimento o nome de um amigo seu, o "Galo mais Conrado" que já conhecera, meu avô materno.
Ficou tão contente que até permitiu à Marilda tirar um dos sobrenomes. Ela queria tirar o prenome Deolinda, ele sorriu e não autorizou. Então saiu o Barbosa e entrou o Martins.
Um fato pitoresco do nosso casamento foi a notícia que recebemos no domingo à tarde, quando meus pais passaram na casa da dona Júlia para se despedirem. Disseram que o tio Hermes havia promovido um churrasco em nossa homenagem, no dia anterior, e que toda a família ficou, em vão, nos esperando. Por uma simples razão: esqueceram de nos avisar.
(Publicado originalmente no Facebook em 12/04/12)
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