terça-feira, 12 de abril de 2016

Festa e alegria

A casa da tia Nena era parada obrigatória quando vínhamos para a cidade, na época em que morávamos no bairro Lagoa da Mata. Tanto nessa casa da Rua Pará quanto na outra, na rua Sergipe. 

Dessa casa a única lembrança que tenho foi da despedida de solteiro do Chico e da Conceição, pais do Chiquinho Costa. O pessoal da Congregação Mariana se juntou lá e fez uma grande algazarra, com direito a vários presentes surpresa. 

Mas só me lembro de um desses presentes: um penico, dentro do qual colocaram um pedaço de linguiça e dois ovos. Imaginem a omelete que virou depois de tanto chacoalharem a caixa na tentativa de descobrir o que era! 

Da outra casa guardo mais lembranças, alegres e tristes. Foi ali que faleceu meu avô Conrado e onde aconteceu a festa de casamento da minha irmã Maria com o Jesus. 

Também ali brinquei muito com o Luis Costa e tive o cabelo cortado pela minha tia Nena com uma velha maquininha que mais arrancava que cortava. Como doía! Por um bom tempo ficava apavorado só de ouvir falar em cortar o cabelo. A cisma só passou quando meu pai passou a me levar no salão do seu Alípio, que ficava na rua Altino Vaz de Melo, em frente ao antigo Supermercado Sakumoto (que nem era chamado de supermercado naquela época). 

Na maioria das vezes eu ficava na casa da tia Nena enquanto meus pais faziam compras ou resolviam o que tinha que ser resolvido. Na volta me pegavam. Ficava sob os cuidados de minha prima Fátima, que dedicava atenção especial, contava histórias e me oferecia um delicioso lanche da tarde, com pão de "pandeiro" e guaraná. 

Sem contar no abiu, uma fruta que só vi e experimentei naquele quintal. A casa da tia Nena e do tio Zé Costa para mim sempre foi sinônimo de festa e de alegria. Como esta retratada na foto, reunindo as famílias das três irmãs: minha mãe Tereza e as tias Nena e Pina.

(Publicado originalmente no Facebook em 06/11/11)

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