quarta-feira, 27 de abril de 2016

Funepe

Campus da Funepe
Ao terminar o segundo grau, em 1981, tencionava ir para o seminário dos freis capuchinhos. Mas a ordem tinha decidido só admitir candidatos à vida religiosa maiores de 18 anos. E como eu tinha só 16, fui aconselhado pelo frei Osmar Cavaca, o promotor vocacional, a iniciar um curso universitário.

Por falta absoluta de opção, decidi fazer Pedagogia. Prestei o vestibular da Funepe, passei em 27º lugar e me vi diante de outro problema: como pagar a matrícula e as mensalidades? Ainda não tinha um trabalho assalariado, ajudava meu pai na mercearia, vendia sorvetes e trabalhava no Birosca Lanches nos finais de semana. Mas isso não era suficente.

Foi então que minha mãe entrou em ação. Sempre ela. Nos momentos de dificuldades da família ela sempre tomava alguma iniciativa para buscar uma saída.

Sem avisar ninguém ela procurou o Areonte de Assumpção Rosa, que era presidente da Câmara de Vereadores, e pediu a ajuda dele. Areonte escreveu um bilhete e disse a ela que procurasse o José Mauro Vieira Pereira, diretor administrativo da Funepe.

Cheia de esperança, minha mãe procurou o José Mauro, voltou pra casa e me deu uma notícia fabulosa: você ganhou uma bolsa de estudos integral, vai pagar só a matrícula.

E foi assim que cheguei à Faculdade e iniciei novos rumos na minha vida. Obrigado Areonte, obrigado José Mauro, obrigado mãe!



(Publicado originalmente no Facebook em 13/01/12)

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