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Minha segunda casa, na Lagoa da Mata |
Minha mãe e meus irmãos contam que era uma casa de tábuas, no meio de um cafezal. Contam também que, quando eu era bebezinho, uma forte chuva provocou uma grande enxurrada que atravessava a casa, da porta da sala à porta da cozinha (ou vice-versa).
Me lembro mesmo é dessa casa da foto, no bairro Lagoa da Mata. A propriedade era de meu tio Alvino Martins, que foi casado com a tia Cleonice Faria. Embora fosse muito pequeno, tenho muitas recordações do tempo que morei aí.
Me lembro mesmo é dessa casa da foto, no bairro Lagoa da Mata. A propriedade era de meu tio Alvino Martins, que foi casado com a tia Cleonice Faria. Embora fosse muito pequeno, tenho muitas recordações do tempo que morei aí.
A horta nos fundos da casa, onde eu tirava folhas de repolho e comia ali mesmo, sem lavar. E procurava bebês nas cabeças de repolho sempre que passava algum avião (coisa rara). Era assim que nasciam os bebês naquela época: caiam de um avião numa cabeça de repolho. Nunca achei nenhum.
Me lembro também do moinho de vento, sempre girando e tirando a água do poço. A olaria, a velha tulha onde morreu o Bernardo, empregado do sítio, a fila de frondosas árvores (acho que eram mangueiras) sob cujas sombras eu costumava brincar com os primos Antonio Joaquim e Susana.
Também é inesquecível o sabor das gabirobas, pequenas frutas silvestres que só experimentei ali na Lagoa da Mata.
Quando nos mudamos de lá eu tinha pouco mais de quatro anos. Voltei 28 anos depois, já com meu filho Francisco Martins, que aqui aparece sentado na porteira onde brinquei muito. A casa estava um pouco mudada, já não tinha as janelas de madeira. Mas revê-la me proporcionou uma sensação quase indescritível.
Como estava fechada, fui contornando-a em direção à varanda da cozinha. A cada passo, mil lembranças revoavam em minha mente, trazendo à consciência imagens gravadas no subconsciente. Quando cheguei à varanda avistei a porta da cozinha e, por fora, o portão de ripas que impedia a entrada dos cachorros quando a porta ficava aberta.
Me lembro também do moinho de vento, sempre girando e tirando a água do poço. A olaria, a velha tulha onde morreu o Bernardo, empregado do sítio, a fila de frondosas árvores (acho que eram mangueiras) sob cujas sombras eu costumava brincar com os primos Antonio Joaquim e Susana.
Também é inesquecível o sabor das gabirobas, pequenas frutas silvestres que só experimentei ali na Lagoa da Mata.
Quando nos mudamos de lá eu tinha pouco mais de quatro anos. Voltei 28 anos depois, já com meu filho Francisco Martins, que aqui aparece sentado na porteira onde brinquei muito. A casa estava um pouco mudada, já não tinha as janelas de madeira. Mas revê-la me proporcionou uma sensação quase indescritível.
Como estava fechada, fui contornando-a em direção à varanda da cozinha. A cada passo, mil lembranças revoavam em minha mente, trazendo à consciência imagens gravadas no subconsciente. Quando cheguei à varanda avistei a porta da cozinha e, por fora, o portão de ripas que impedia a entrada dos cachorros quando a porta ficava aberta.
Revi o Leão, nosso cachorro cotó, com a pata enroscada entre as ripas do portão, meu pai tentando livrá-lo e ele instintivamente reagindo com uma mordida em sua mão. Aí cessaram as imagens da infância e sobrou uma deliciosa nostalgia.
(Publicado originalmente no Facebook em 21/10/11)
(Publicado originalmente no Facebook em 21/10/11)
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